Mata do Paraíso
A Mata do Paraíso localiza-se no município de Viçosa, Zona da Mata de Minas Gerais, possuindo uma área de cerca de 200 hectares abriga diversas espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção e protege as nascentes do Córrego Santa Catarina, importante afluente do Ribeirão São Bartolomeu, fonte de grande parte do abastecimento de água da cidade de Viçosa. Caracteriza-se como um fragmento de Mata Atlântica de extrema importância regional, já que é uma das poucas áreas com grande extensão de floresta nativa. Sua vegetação consiste de matas de topo, de encosta e de baixadas, possibilitando, assim, a conservação de alta biodiversidade.
No passado, a Mata do Paraíso sofreu diversas perturbações, como extração de madeira; introdução de espécies exóticas, com destaque para a cultura de café e pastagens, para pastoreio de gado; exploração da pedreira existente no local; e o represamento dos cursos d’água.
A partir de 1966, a área passou a ser protegida e administrada pelo Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa. Desde então, a retirada de recursos naturais e alterações no uso do solo cessaram. Após quase 50 anos de regeneração natural, a vegetação encontra-se em estágio médio e avançado de regeneração.
A Universidade Federal de Viçosa, através de seus Departamentos, utiliza a Mata do Paraíso para a realização de aulas práticas e pesquisas científicas, tendo a Mata como um laboratório natural de grande valia para desenvolvimento do aprendizado in situ.
Em 2003 foi criada e inaugurada a Estação de Pesquisa, Treinamento e Educação Ambiental (EPTEA) Mata do Paraíso. Em seu interior localiza-se o Centro de Educação Ambiental, espaço construído com o apoio do Ministério do Meio Ambiente. Em 2004 foram implantadas quatro trilhas para sediar as atividades de interpretação e educação ambiental, procurando reaproveitar caminhos pré-existentes, minimizando impactos ambientais: Trilha da Gameleira, Trilha Caminho das Águas, Trilha dos Gigantes e Trilha do Aceiro. Apesar da Mata do Paraíso ser uma área natural protegida, ela não se enquadra em nenhuma categoria pertencente ao SNUC, mas possui objetivos semelhantes aos das unidades de conservação, como proteção da flora e da fauna, preservação da natureza, pesquisa científica, treinamento e desenvolvimento de atividades de interpretação e educação ambiental.